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quarta-feira, 30 de outubro de 2013

Acidentes do trabalho levam trabalhadores à morte no Brasil


Acidentes matam e ferem seriamente trabalhadores pelo Brasil

Dois trabalhadores morreram e um ficou seriamente ferido em mais casos de acidentes pelo Brasil. Os acidentes são motivados pelo cansaço, pela falta de treinamento e ausência do Equipamento de Proteção Individual – EPI, entre outros motivos.

Em Fortaleza, no Ceará, um empregado de 23 anos morreu no fim da tarde de terça-feira, 22 de outubro, no Bairro Granja Portugal, depois de levar um choque elétrico. O operário trabalhava em uma obra e quando estava na laje superior do prédio esbarrou numa barra de ferro com fios de alta tensão e morreu na hora.

Em Teresina, no Piauí, parte de uma máquina de concretagem se chocou contra um operário, ferindo-o na altura da virilha, também na terça-feira, às 16h30, no quarto andar de uma obra localizada na rua Alcides Freitas, no bairro Mafuá, Zona Norte da capital. O empregado estava desacordado, quando foi socorrido pelo Corpo de Bombeiros e levado ao Hospital de Urgência de Teresina (HUT). Segundo informações do hospital, o trabalhador está recebendo todo o atendimento necessário.

Em Distrito de Culturama, no Mato Grosso do Sul, um trabalhador morreu após sofrer queimaduras devido à alta temperatura da massa usada no recapeamento, no fim da manhã de sexta-feira, 18. O trabalhador terceirizado caiu do caminhão em que estava, dentro da máquina que fica acoplada ao veículo, utilizada para soltar a massa asfáltica na pista. Funcionários da própria empresa perceberam e retiraram o trabalhador de dentro da máquina e aguardaram a chegada do Corpo de Bombeiros ao local. O trabalhador foi levado ao Pronto Socorro do Hospital da SIAS de Fátima do Sul ainda com vida, porém não resistiu aos ferimentos.

Em Ibirité, Região Metropolitana de Belo Horizonte (MG), um eletricitário morreu depois de receber uma descarga elétrica quando fazia manutenção da rede de média tensão, na segunda-feira, 21 de outubro. De acordo com o Sindieletro, este é o terceiro acidente fatal na Cemig este ano e outros dez muito graves também aconteceram, inclusive com mutilações de membros.

Os acidentes citados vão fazer parte do Anuário Estatístico da Previdência Social de 2013. Esta semana, a Previdência Social divulgou os números relativos a 2012. O setor com maior número de acidentes é o de Comércio e Reparação de Veículos Automotores com 95.659 registros, seguido pelo setor de Saúde e Serviços Sociais, com 66.302 acidentes. O setor com o terceiro maior índice de acidentes é o da construção civil, que apresentou um aumento, passando de 60.415 em 2011, para 62.874 em 2012.

No caso de mortes, o Anuário informa que em 2012 foram registrados 2.731, enquanto em 2011 foram 2.938. Ficaram permanentemente incapacitados 14.755 trabalhadores. Foram 541.286 acidentes com Comunicados de Acidente de Trabalho – CAT emitidos e 163.953 sem emissão de CAT.

As estatísticas continuam demonstrando a necessidade de ampliação do número de Auditores-Fiscais do Trabalho para atuar na prevenção de acidentes, exigindo o cumprimento das Normas Regulamentadoras que tratam de Segurança e Saúde no Trabalho.

O Sinait denuncia que o concurso público em andamento para o cargo de Auditor-Fiscal do Trabalho com 100 vagas não atende à demanda de um mercado econômico crescente. Sequer repõe o número de vagas ociosas na carreira, que passa de 830 e aumenta a cada dia, em razão das aposentadorias. De acordo com estudo do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada – Ipea há a necessidade de contratar mais de 5 mil profissionais da área de fiscalização trabalhista. Hoje são cerca de 2.800 Auditores para fiscalizar mais de 13 milhões de empresas espalhadas pelo Brasil.


Com informações do G1 Ceará, do G1 Piauí e da Crítica (MS).



fonte: SINAIT

domingo, 27 de outubro de 2013

Fundacentro desenvolve ferramenta on-line para estimar sobrecarga térmica no campo em IBUTG

A exposição a ambientes quentes combinada com a alta produção interna de calor devido a execução de tarefas que exigem esforço físico leva o corpo à necessidade de uma rápida perda de calor do corpo a fim de preservar o seu equilíbrio térmico.

A céu aberto, a maioria dos trabalhadores precisa utilizar vestimentas, que cobrem quase todo o corpo, o que dificulta a perda de calor. A combinação dessas condições pode levar os trabalhadores à sobrecarga térmica e provocar, câimbras, fadiga severa e repentina, náuseas, vertigens, perda da consciência e, eventualmente, à morte.

De 2009 a 2011 a unidade da FUNDACENTRO em Campinas desenvolveu tecnologia e produziu um software para monitorar em todo o país a exposição ao calor dos trabalhadores rurais utilizando dados provenientes das estações meteorológicas do Instituto Nacional de Meteorologia - INMET. Em 2012 disponibilizá, via internet, este software que terá abrangência, primeiramente, nos estados de São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Paraná, Mato Grosso do Sul.
fonte: www.fundacentro.gov.br 

sábado, 12 de outubro de 2013

Conscientização de Segurança do Trabalho deve começar na escola

Cartilha leva segurança e saúde às escolas

Cartilha leva segurança e saúde às escolas

Fundacentro é primeira instituição a apresentar subsídios para a implementação de lei federal

Por ACS/C.R. em 09/10/2013
Em 10 de outubro, celebra-se o Dia Nacional da Segurança e Saúde nas Escolas. A data foi instituída pela Lei Federal nº 12.645, de 16 de maio de 2012. Diante disso, a Fundacentro produziu uma cartilha informativa para estabelecer um diálogo inicial com as escolas, disponível para download, um subsite e um cartaz.
A cartilha, com atividades voltadas para alunos e professores, traz uma reflexão sobre a segurança e saúde dos trabalhadores e sua relação com a escola. “Conforme consta em levantamento apresentado no interior da cartilha, os dados da Previdência são assustadores no que toca ao alto índice de acidentes de trabalho envolvendo jovens”, explica o tecnologista da Fundacentro, Jefferson Peixoto, que tem mestrado em educação.
Segundo dados da Previdência Social, o número de acidentes de trabalho registrados no Brasil aumentou de 709.474 casos em 2010 para 711.164 em 2011. Também foram registrados 2.884 óbitos nesse ano. Houve ainda um aumento da acidentalidade envolvendo jovens de até 19 anos, de 22.971 para 23.850 no mesmo período. São 66 acidentes de trabalho por dia nessa faixa etária.
Muitas vezes a solução se limita a elaboração de normas regulamentadoras, que quando descumpridas geram multas às empresas. “Essa realidade precisa ser mudada e ela não pode passar só pelo caminho da punição, precisa também passar pelo caminho da educação”, completa o tecnologista.
“Se nossos alunos, futuros trabalhadores passarem pela escola e só descobrirem que podem reivindicar um ambiente de trabalho decente e ajustado às normas quando ingressarem no mercado de trabalho, eles talvez não tenham tempo para fazê-lo, pois, de acordo com as estatísticas oficiais, muitos são ceifados por acidentes antes”, avalia Peixoto.
Para o tecnologista, a escola é o espaço para formar os alunos para o exercício da cidadania. “Acredito que não haverá cidadania plena se os futuros trabalhadores não forem preparados desde cedo para reconhecer o trabalho como fonte de vida e não de sofrimento e a organização do trabalho como passível de intervenções, caso ela não ofereça condições mínimas de saúde e segurança. Cidadania também é isso, é saber reivindicar, mas como reivindicar aquilo que não se conhece?”, conclui.
Difusão
A ação da Fundacentro pretende, assim, difundir esse conhecimento. A cartilha apresenta as atividades sugeridas pela legislação para os professores trabalharem a temática segurança e saúde nas escolas, como palestras; concursos de frase ou redação; eleição de cipeiro escolar e visitas às empresas. Também traz outras sugestões voltadas para os anos iniciais e finais do ensino fundamental e para o ensino médio. As crianças ainda contam com o jogo Trilha da Saúde e Segurança, elaborado pelo tecnologista Alexandre Custódio Pinto, e um glossário sobre acidente, doença, perigo, risco e prevenção.
O objetivo é que o material chegue às escolas de ensino fundamental e médio do país. “Para tanto é fundamental que o MEC e as secretarias de educação dos diversos estados e municípios do país apóiem a proposta, incentivem a distribuição pelo país, ou seja, estamos chamando o apoio desses órgãos. O número de alunos matriculados em escolas de ensino fundamental e médio do país é astronômico e somente com apoio será possível garantir a universalização da distribuição”, acredita Jefferson Peixoto.
Por enquanto, a Coordenação de Educação da Fundacentro está em contato com a Secretaria Municipal de Educação em São Paulo. Outra ideia é tentar contato direto com algumas escolas, para a realização de estudos e pesquisas de diagnóstico sobre a utilização do material por parte dos professores.
Criação
A cartilha é fruto do trabalho do Programa de Educação da Fundacentro (Proeduc), desenvolvido em conjunto por uma equipe de São Paulo e da regional do Espírito Santo. A lei foi o elemento desencadeador do processo e veio ao encontro de discussões que já ocorriam na área de Segurança e Saúde no Trabalho - SST.
“Ela convergiu com um interesse já presente entre nós na qualidade de educadores, que é o interesse de aproximar a SST das escolas, até mesmo porque uma das prerrogativas colocadas à Fundacentro pelo Plansat – Plano Nacional de Segurança e Saúde no Trabalho é a inclusão da SST na educação básica. Há anos essa questão vem sendo debatida e atualmente está no foro da CTSST – Comissão Tripartite de Segurança e Saúde no Trabalho, o que reforça o envolvimento da Fundacentro com a temática”, finaliza Peixoto.

domingo, 6 de outubro de 2013

Ambiente insalubre, causa altos prejuízos financeiros a Industria

Ambiente de trabalho insalubre levará fábrica a pagar R$ 3 mi

Divulgação


Data: 02/10/2013 / Fonte: MPT na Bahia

Salvador/BA - A Vedacit do Nordeste S.A foi condenada a pagar R$ 3 milhões por danos morais coletivos, que serão investidos no aprimoramento e expansão do atendimento médico nos hospitais Martagão Gesteira e Aristides Maltês, em Salvador (BA).

A sentença foi proferida pela juíza Ana Paola Santos Machado Diniz, titular da 34ª Vara do Trabalho de Salvador, que acatou os argumentos apresentados pelo Ministério Público do Trabalho - MPT na Bahia. Na decisão, ela ainda determina uma série de obrigações à empresa com o objetivo de garantir um ambiente de trabalho saudável e seguro para seus empregados.

"O descumprimento de normas de segurança do trabalho e o desequilíbrio ambiental consequente têm relação direta com as doenças que se instalaram em empregados da Vedacit", alertou o procurador Luís Barbosa, autor da ação. Ele destaca a importância da determinação da Justiça à empresa para o cumprimento de medidas que visam garantir um ambiente de trabalho saudável. São 21 itens a serem adotados na fábrica localizada no Porto-Seco Pirajá, em Salvador, que, se descumpridos, podem resultar em multas diárias que variam de R$ 10 mil a R$ 50 mil.

Empregados e ex-empregados passam a ter direito a plano de saúde garantido pela empresa, quando acometidos de doença de provável origem no ambiente de trabalho, desde que atestada por órgão oficial. A Justiça determinou prazos para que as medidas de segurança sejam efetivamente implantadas na planta da fábrica, que vão de 15 dias a um ano.  Dentre elas, estão a obrigação de proteger suas dependências contra riscos químicos; elaborar e implantar Programa de Conservação Auditiva - PCA.

Também estão previstos implantação de sistemas de ventilação, limpeza de resíduos, informação aos empregados em detalhes sobre todos os produtos químicos, modos de lidar com eles em segurança e até modificação de setores e de  postos de trabalho para evitar a exposição dos funcionários a risco químico.

DenúnciaA Vedacit foi denunciada ao Ministério Público do Trabalho - MPT na Bahia, devido ao caso de um empregado que foi contaminado por produtos químicos no ambiente de trabalho. Em entrevista a um jornal local em 2005, o ex-funcionário Oires Valter Barbosa, afastado do trabalho em 1996 por doenças ocupacionais decorrentes da exposição a produtos químicos e que veio a falecer há dois anos, informou que recebia matérias-primas como asfalto, aguarrás, benzoato de sódio e alcatrão bruto de ulha, que chegavam a suas mãos ensacadas. Ele manuseava esses materiais e controlava as saídas.

Para apurar a denúncia, o MPT instaurou inquérito civil, ouvindo trabalhadores que sofriam com problemas de saúde decorrentes da exposição e requerendo informações à empresa. Ainda durante o inquérito civil foram realizadas inspeções pelo Centro de Estudos da Saúde do Trabalhador - Cesat, Superintendência Regional do Trabalho e Emprego - SRTE e Centro de Recursos Ambientais - CRA, que atestaram a existência de condições ambientais inadequadas à saúde do trabalhador. A ação civil pública foi iniciada em 2008.

fonte: www.proteção.com.br